terça-feira, 30 de julho de 2013

EXERCÍCIOS REVISIONAIS- A3 - 3º ANO



EXERCÍCIOS REVISIONAIS
(LITERATURA- 3º ANO- Ensino médio)
Aluno:
Turma:
Professor:

Texto

POÉTICA



I
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao senhor diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas

II
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

III
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

IV
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare

V
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.





01. Manuel Bandeira, considerado como o precursor do Modernismo brasileiro, escreveu Poética. Leia-o e responda às questões. Marque a afirmativa CORRETA.

a) O poeta está em dúvidas sobre as regras poéticas a serem seguidas nos novos tempos.
b) O progresso mundial influencia as composições dos novos artistas.
c) O locutor do texto ironiza o comportamento de quem segue normas preestabelecidas.
d) O eu lírico rejeita a prática de consulta a dicionários, constante fonte de pesquisa.
e) As técnicas de composição de poemas devem seguir tendências ligadas ao racionalismo.


02. QUESTÃO (Descritor: Definir características do artista revolucionário)
Assunto: Características da poesia inovadora
Segundo Bandeira, o artista inovador

a) escreve com sinceridade, sem formalismos.
b) prefere o vocabulário profano ao religioso.
c) constrói o verso com rigor formal.
d) propõe posturas políticas revolucionárias.
e) defende o homem rejeitado pelo progresso.


03. Associe a característica modernista citada na primeira coluna aos versos transcritos na segunda coluna.

1ª.coluna
I – Releitura dos fatos históricos oficiais
II – Emprego de linguagem cotidiana na poesia
III – Ênfase nos aspectos folclóricos do Brasil
IV – Irreverência, intenção humorística

2ª.coluna
(   ) Tenho duas rosas na face,/ Nenhuma no coração./ No lado esquerdo da face/ Costuma também dar alface,/ No lado direito não. – Murilo Mendes –
(   ) Os aguapés dos aguaçais/ Nos igapós dos Japurás/ Bolem, bolem, bolem./ Chama o Saci: - Si Si si si!/ - Ui ui ui ui! Uiva a Iara/ Nos aguaçais dos igapós… - Manuel Bandeira –
(   ) Para dizerem milho dizem mio/ para melhor dizem mió/ Para pior pio/ Para telha teia/ Para telhado teiado/ E vão fazendo telhados.  – Oswald de Andrade –
(   ) Seu branco, dê o fora,/ Deixe os nego em pais./ Nóis tem cachacinha,/ Tem coco de sobra,/ Nóis tem iaiá preta,/ Nóis dança de noite;/ Nóis reza com fé... – Murilo Mendes
(   ) Quando o português aqui chegou/ Debaixo duma bruta chuva/ Vestiu o índio/ Que pena!/ Fosse uma manhã de sol/ O índio tinha despido/ o português. – Oswald de Andrade –


A sequência CORRETA é

a) I – II – III – III - IV
b) III – I – I – II – IV
c) IV – III – II – II – I
d) II – II – I – IV – III
e)I – IV – IV – III – II

03. QUESTÃO (Descritor: Aspectos estruturais e temáticos do “Romance de 30”)
Assunto: 2ª.fase do Modernismo

Não havia choça paupérrima que não tivesse um cachorro gafo.
Era o sócio da fome.
Os pobres gozos herbívoros! Comiam capim, pastavam como carneiros.
A canzoada magérrima juntava-se no faro do cio e, mordendo-se, parecia que não tinha outros ossos para roer.
- Sique! Sique! – estumava o dono da casa, com os dentes cerrados, baixinho.
Só pelo gosto de se levantar e gritar da porta:
- Ca...chorro! chorro!
E, num grande entono:
- Já se deitar!
Desse modo, descontava o servilismo irremissível.
Voltava a sentar-se com um ar de quem mandou e foi obedecido.
E, numa última expansão de autoridade:
- Sé-vergonho!
Mas, infeliz do transeunte que levasse o agressor à bordoada.
Passava também um ou outro porco que de tão magro parecia um cão tinhoso.
                                                                
(Fragmento de A bagaceira – José Américo de Almeida)

I - TRANSCREVA do trecho lido:

a) Traços de oralidade linguística:___________________________________________________
b) Onomatopeia:_________________________________________________________________
c) Aliteração:____________________________________________________________________
d) IDENTIFIQUE o comportamento social reproduzido no trecho que é espelho do que ocorre no ambiente sertanejo.

III- CITE dois objetivos do chamado “Romance de 30”, que são perceptíveis no excerto. JUSTIFIQUE sua resposta com transcrições de frases ou de partes de frases do trecho lido.
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Texto
Leia o poema ‘Ode ao burguês’, de Mário de Andrade.

ODE AO BURGUÊS



I
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

II
Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! Os condes Joões! Os duques zurros!
Que vivem dentro de muros sem pulos
E gemem sangues de alguns mil-réis fracos
Para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
E tocam os ‘Printemps’ com as unhas!

III
Eu insulto o burguês funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!

Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará sol? Choverá? Arlequinal! (...)

IV
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal! (...)
- Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
- Um colar... – Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!

V
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
Cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

VI
Fora! Fu! Fora o bom burguês!...
04. Considere as afirmativas feitas acerca do texto de Mário de Andrade.

1. – A linguagem é agressiva e demolidora para sugerir qual é o conceito do eu lírico sobre todos capitalistas, representados nos versos pelos paulistas.
2. – O poema contém traços do movimento de vanguarda denominado Dadaísmo, pois o eu poético desconsidera as qualidades positivas do elemento retratado.
3. – A linguagem erudita empregada por Mário de Andrade é justificada, pois o descaso que a classe dominante tem pelos pobres é revoltante.
4. – Emprego de neologismos, verso livre e sem rima, uso de expressões destituídas de lirismo tradicional são estratégias poéticas típicas dos artistas do Modernismo.
5. – O vocábulo ‘ode’, no título, é uma maneira irônica de o artista compor um poema em homenagem a um ser desprezível e mesquinho, o burguês.

Estão CORRETAS apenas as afirmativas

a) 2, 3 e 5.
b) 2, e 4.
c) 1 e 5.
d) 1, 2, 4 e 5.
e) 1, 3 e 4.



TEXTO
Assunto: 2ª.fase do Modernismo
Leia atentamente um trecho da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, autor de destaque da corrente regionalista brasileira na segunda fase do Modernismo brasileiro.

Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pô-se a chorar, sentou-se no chão.
- Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.
Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos. Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e esperou que ele se levantasse. Como isto não acontecesse, espiou os quatro cantos, zangado, praguejando baixo.
A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.
- Anda, excomungado.
O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.
Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.
Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos, como cambitos. Sinha Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.
E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.

05. Considerando-se o excerto extraído da obra Vidas Secas, pode-se afirmar que o fragmento destacado evidencia

(01) a diferença entre dois personagens aparentemente semelhantes – Fabiano e sinhá Vitória; aquele, desprovido de sentimentos humanos; esta, racional e sonhadora.
(02)                       o estado emocional do personagem Fabiano, como reflexo da ação do espaço geográfico inóspito atravessado por ele e sua família.
(04) a comunicação gestual entre Fabiano e sinhá Vitória, num clima de tensão, revelando o desnível social e cultural entre eles.
(08) a alteração do estado psicológico de Fabiano em relação ao filho, fato indicado pelas ações verbais.
(16) as distâncias físicas, naturais, socioculturais e políticas que separam Fabiano de seu espaço geográfico.

A soma CORRETA obtida é

a) 07.
b) 10.
c) 24.
d) 25.
e) 31.





06. O poema a seguir é de João Cabral de Melo Neto, autor de destaque da 2ª.fase da poesia modernista. Leia-o com atenção.

CATAR FEIJÃO
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo, seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e o oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quanto ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com o risco.



a) Explique por que o poema ‘Catar feijão’, de João Cabral de Melo Neto é metalinguístico.
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b) Ao comparar um procedimento corriqueiro ao ato de criar textos, o poeta dessacraliza o fazer poético. Justifique, em um pequeno texto, a afirmativa anterior.
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TEXTO
Língua portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
http://www.releituras.com/olavobilac_lingua.asp (Acesso em 22 de maio de 2010.)


TEXTO

Língua
Caetano Veloso

Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O
que quer
O que pode esta língua?
(...)

http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44738/ (Acesso em 22 de maio de 2010.)


07. Olavo Bilac (1865-1918) e Caetano Veloso (1942-) escreveram sobre a mesma língua? Qual(is) a(s) semelhança(s) e qual(is) a(s) diferença(s) entre essa(s) língua(s)?
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TEXTO
(...)
“Meus olhos são pequenos para ver
a fila de judeus de roupa negra,
de barba negra, prontos a seguir
para perto do muro — e o muro é branco. “

(...)
“Meus olhos são pequenos para ver
atrás da guerra, atrás de outras derrotas,
essa imagem calada, que se aviva,
que ganha em cor, em forma e profusão. “
(...)
ANDRADE, Carlos Drummond de.

01.  No poema Visão 1944, de Carlos Drummond de Andrade, verificam-se, respectivamente:

A (  ) a reflexão atônita dos horrores da guerra pelo eu lírico e o desespero da escrita de não compreender os valores morais do momento histórico.
B (  ) a alienação do poeta frente ao conflito mundial e a preocupação do eu lírico com os problemas sociais.
C (  ) a busca da reconstrução da Europa pelo eu lírico e a superação do desconsolo da seca nordestina se encontram no poema.
D (  ) a superação da maldade pelo deslumbre e a tentativa de superação da solidão.



Texto
No excerto abaixo, o escritor João Guimarães Rosa, 3º fase modernista, reflete acerca de si mesmo e de seu papel criador ficcionista.

          Um dia... Desculpe-me, não viso a efeitos de ficcionista, inflectindo de propósito, em agudo, as situações. Simplesmente lhe digo que me olhei num espelho e não me vi. Não vi nada. Só o campo, liso, às vácuas, aberto como o sol, água limpíssima, à dispersão da luz, tapadamente tudo. Eu não tinha formas, rosto? Apalpei-me, em muito. Mas, o invisto. O ficto. O sem evidência física. Eu era – o transparente contemplador?... Aturdi-me a ponto de me deixar cair numa poltrona.(...)
          E a terrível conclusão: não haveria em mim uma existência central, pessoal, autônoma? Seria eu um ... des-almado? (...)
          Pois foi que, mais tarde, anos, ao fim de uma ocasião de sofrimentos grandes, de novo me defrontei – não rosto a rosto. O espelho mostrou-me. Ouça. Por um certo tempo, nada enxerguei. Só então, só depois: o tênue começo de um quanto como uma luz, que se nublava, aos poucos tentando-se em débil cintilação, radiância. Que luzinha, aquela, que de mim se emitia, para deter-se acolá, refletida, surpresa? Se quiser, infira o senhor mesmo.(...)
E... Sim, vi, a mim mesmo, de novo, meu rosto, um rosto; não este, que o senhor razoavelmente me atribui. Mas o ainda-nem-rosto – quase delineado apenas. Será que o senhor nunca compreenderá?
          Se sim, a “vida” consiste em experiência extrema e séria; sua técnica – ou pelo menos parte – exigindo o consciente alijamento, o despojamento, de tudo o que obstrui o crescer da alma, o que
a atulha e soterra? Depois, o “salto mortale”... – ...E o julgamento-problema, podendo sobrevir com a simples pergunta: - “Você chegou a existir?
                                                                                                  (João Guimarães Rosa – “O espelho”)

08. Existem no trecho lido várias evidências de que narrador e autor se confundem ao longo da narrativa.

I – TRANSCREVA do texto

a)      um trecho que revele consciência em operação, utilização do fluxo de consciência.
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b) uma passagem em que é indicado que a vida é o produto final da racionalidade e do espírito.
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b)      duas frases que constatem a fusão entre o homem e o narrador.
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II – EXPLIQUE a função do termo “salto mortale” na penúltima frase do excerto.
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III – JUSTIFIQUE o título do conto.
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TEXTO
1 Os rios recebem, no seu percurso, pedaços de pau, folhas
   secas, penas de urubu
   E demais trombolhos.
4 Seria como o percurso de uma palavra antes de chegar ao
    poema.
    As palavras, na viagem para o poema, recebem nossas
7 torpezas, nossas demências, nossas vaidades.
   E demais escorralhas.
   As palavras se sujam de nós na viagem.
10 Mas desembarcam no poema escorreitas: como que
   filtradas.
   E livres das tripas do nosso espírito.
Manoel de Barros. Ensaios fotográficos. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 21.

09.  (UnB- 2008- Adaptada) A literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, a realidade através do espírito do artista é retransmitida através de língua para as formas, que são os gêneros como a poesia, a narrativa, o teatro, e com os quais ele toma corpo e mostra uma nova realidade. Manoel Barros nos mostra uma realidade microscópica, autônoma, independente do caos moderno. Considerando as idéias do poema acima e suas inter-relações com a literatura e o gênero literário que faz parte, julgue os itens a seguir.

0 (  )No texto, o poeta compara o poema ao percurso de um rio.
1(  ) Trata-se de um poema metalingüístico, pois trata do próprio fazer poético.
2( ) O desenvolvimento das idéias no poema indica que, no verso 9, por impossibilidade de se usar um pronome pessoal como objeto indireto em uma construção reflexiva, o elemento “nós” deve ser interpretado como substantivo.
3(  ) Ainda na linha 9 poderíamos colocar o sinal de crase sem prejuízo da correção gramatical.
4(  ) Apesar de, sintaticamente, constituir uma frase nominal, sem verbo flexionado, a idéia expressa no último verso do poema está subordinada à idéia do verbo “desembarcam” (v. 10).





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